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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

NOITE DE PAZ

Norbert Lieth
A história do hino de Natal, “Noite de Paz”, demonstra como Deus age através dos fracos e oferece Seu Evangelho livremente para todas as pessoas.
O hino “Noite de Paz” também é conhecido como o “hino eterno”. Certamente não existe nenhum hino de Natal que seja mais conhecido do que este. No entanto, não há nenhum renomado autor ou compositor mencionado com ele, nem foi apresentado originalmente por algum cantor famoso, e mesmo assim ele conquistou o mundo todo. Hoje ele é cantado em todos os continentes e já foi traduzido para mais de 330 idiomas e dialetos. É quase impossível imaginar um Natal sem “Noite de Paz”!
O início de tudo foi o seguinte: o texto do hino foi composto já em 1816, pelo bispo auxiliar Joseph Mohr, em forma de poesia. No entanto, ela foi apresentada somente dois anos depois, em 24 de dezembro de 1818, na Igreja de São Nicolau, em Oberndorf, Salzburgo. É dito que o órgão da igreja estava sem condições de ser tocado. – Todavia, 24 de dezembro estava aí e era necessário encontrar uma solução. Assim, Joseph Mohr teria levado o seu texto ao professor da escola – Franz Gruber – com a solicitação de que ele compusesse uma melodia para dois solistas juntos com o coral e acompanhamento de violões. Ainda na mesma noite, Gruber trouxe sua simples composição, de modo que pôde ser apresentada na igreja, na noite de Natal, tendo sido muito aplaudida. Para esta mensagem de paz, originalmente formada por seis estrofes, Mohr fez o contracanto e acompanhou ao violão e Gruber cantou a pauta do barítono. Havia nascido um hino de Natal que, a partir daí, faria sua caminhada através do mundo para sensibilizar os corações de muitos.
Cerca de 1.800 anos antes, Jesus havia profetizado que o Seu Evangelho seria espalhado por todo o mundo. Para isso, até esse hino ajudou. Criado a partir de uma dificuldade, porém, dirigido pelo Espírito de Deus, esse hino alcançou fama mundial. A grandiosidade de Deus se torna visível nessa peça relativamente simples.
Certamente esse hino não teria sido aprovado no X Factor ou no The Voice, mas a Palavra de Deus diz: “Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas?” (Zc 4.10 – ACF). Ele pode transformar algo incerto em grandioso. A mensagem de paz e de salvação de Jesus Cristo encontra mil maneiras para alcançar os corações – tão grande é o amor de Deus pelo mundo!
A primeira estrofe fala da paz celestial.* Deus conhece a inquietação que marca cada pessoa. Quem ainda conhece essa verdadeira paz? Conheço um morador de uma cidade que, estando em férias nos montes da Suíça, manteve ligado o motor do carro durante toda a noite porque não conseguia suportar a paz, o silêncio. Quem nunca ficou inquieto quando seus pensamentos o lembraram de antigas injustiças? O pecado e a culpa nos tiraram a paz, o homem se tornou um fugitivo. Corre-se através do mundo e experimenta-se de tudo. Nossa alma, porém, permanece inquieta em nós até que consiga encontrar a paz em Deus. Foi por isso que Jesus nasceu: para nos trazer de volta aquilo que havíamos perdido. Jesus Cristo expressa isso da seguinte maneira: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês” (Mt 11.28).
Noite de paz! Noite santa!
Todos dormem. Só a vigiar
Está o santo casal.
Ao meigo bebê de cabelos ondulados,
Durma na paz celestial!
Durma na paz celestial!
A segunda estrofe demonstra como chegou a hora da salvação para nós, através do nascimento de Jesus. As palavras “a sua hora chegou!” normalmente soam para nós de uma maneira negativa e pensamos inevitavelmente no nosso fim, mas neste caso significa o início para uma nova vida. “Quem abre espaço para Jesus no centro de sua vida, que recebe o Natal em seu coração, logo constatará que não precisa renunciar a nada, mas recebe tudo” (Karl Rüdiger Durth).
Noite de paz! Noite santa!
Ó Filho de Deus. Quão lindo
O sorriso em Tua boca divina,
Trazendo-nos a hora da salvação.
Jesus, com Teu nascimento!
Jesus, com Teu nascimento!
Na terceira estrofe – baseando-nos no texto e numeração original – lemos, entre outros: “Noite de paz! Noite santa! Que trouxe salvação ao mundo [...]. Jesus, em forma humana”. A maior ação redentora de Deus, a salvação do mundo, teve um início muito pequeno com a encarnação do Filho de Deus.
Noite de paz! Noite santa!
Que trouxe salvação ao mundo,
Desde as alturas douradas do Céu
Deixando-nos ver a plenitude da graça.
Jesus, em forma humana!
Jesus, em forma humana!
Certa vez, havia um menino que, acompanhado de sua avó, estava admirando um presépio. Ele observou a estrebaria, os pastores, José e Maria, os animais e os magos do Oriente. Quando o garoto viu a minúscula figura de um bebê, que representava o Senhor Jesus, ele exclamou, admirado: “Vovó, olhe só como Deus é pequeno!” Haveria alguma maneira melhor para representar o ilimitado grandioso amor de Deus, do que pelo fato de que o Eterno, o Criador de todas as coisas, tornou-Se bem pequeno?
A quarta estrofe homenageia o amor de Deus dedicado a todos os povos: “Noite de paz! Noite santa! Onde hoje todo o poder do amor de Deus foi derramado. E, como irmão carinhoso, abraçou Jesus aos povos do mundo! Jesus, aos povos do mundo!”
Essa estrofe destaca aquilo que a Bíblia diz no Evangelho de João 3.16: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Cada pessoa desse mundo é alvo do amor de Deus –você também!
Noite de paz! Noite santa!
Onde hoje todo o poder
Do amor de Deus foi derramado.
E, como irmão carinhoso, abraçou
Jesus aos povos do mundo!
Jesus, aos povos do mundo!
O soldado Nico Ossemann, que participou da campanha da África durante a Segunda Guerra Mundial, relatou sobre um fato especialmente interessante ocorrido no front, em 1942:
“Entre Natal e Ano Novo, a situação estava bastante calma em nossa área do front. Parecia que os dois arraiais haviam combinado um cessar-fogo para homenagear a grande festa. Por volta da meia-noite, ouviu-se a melodia do “Noite de Paz”, vinda de vários pontos de nossa base. Em seguida, ouvia-se nitidamente esse hino cantado em francês, nas fileiras do outro lado. Pouco tempo depois, ouvíamos primeiramente vozes tímidas, mas aos poucos se fortalecendo, cantando a versão inglesa “Silent Night, Holy Night”. Os três coros natalinos se uniram em um só coro, elevando aos Céus o anseio único pela paz, pela família e pela pátria. Muitos desses homens não conseguiram evitar as lágrimas. Naquela noite não consegui fechar os olhos, mesmo que não houvesse nenhum sinal de alerta, nem de perto, nem de longe. Ficou claro o anseio pela paz manifestado por aqueles homens postados na frente da batalha.”
A quinta estrofe descreve a promessa de Deus para a preservação do mundo através da Vinda de Jesus. Preservação da condenação eterna através do perdão. Nenhuma religião do mundo pode oferecer o que todos nós necessitamos com tanta premência: libertação da culpa, preservação diante das consequências eternas. É maravilhoso saber que podemos nos livrar dos pecados, não importando quantos e quão pesados sejam!
Noite de paz! Noite santa!
Há muito a nós destinada,
Quando Deus, libertando da ira,
Já no tempo obscuro dos pais,
Prometeu redenção a todo o mundo!
Prometeu redenção a todo o mundo!
Finalmente, a sexta e última estrofe mostra como a mensagem da “Noite Santa” foi primeiramente transmitida pelos anjos aos pastores e então alcançou as pessoas de longe e de perto: “Jesus, o Salvador chegou! Jesus, o Salvador chegou”. Esse cântico de louvor dos anjos foi a partida (a ignição para acionar um motor) para a mensagem “Jesus, o Salvador chegou”. Desde então, ela foi transmitida em milhares de maneiras, entre outras, também através deste hino de Natal “Noite de paz”.
Noite de paz! Noite santa!
Primeiro anunciada aos pastores,
Pelo “aleluia” dos anjos,
Segue em alto som, perto e longe:
Jesus, o Salvador chegou!
Jesus, o Salvador chegou!
Ainda hoje esse hino une as pessoas através do mundo, e expressa aquilo que há no coração de cada pessoa – o profundo anseio pela paz!
Jesus, o Salvador chegou! O Natal não é apenas um sonho para os sonhadores, um conto de fadas para as crianças, mas é a grande realidade proporcionada por Deus. “Quem abre espaço para Jesus no centro de sua vida, que recebe o Natal em seu coração, logo constatará que não precisa renunciar a nada, mas recebe tudo.” (Norbert Lieth — Chamada.com.br)

* O hino foi traduzido fielmente do original em alemão.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

SEJA HOMEM!

Pr. Davi Merkh
Hoje em dia, há diferentes tipos de moda para os homens. Uns querem um estilo “lenhador”, com uma barba grande e desenhada. Outros optam por deixar seus cabelos grandes, com looks modernos e arrojados. Mas, enquanto cresce a procura por uma aparência dentro da moda, temos deixado de lado nossa aparência interior. Podemos ser estilosos ou mostrar que “somos tão másculos”, que andamos de qualquer forma. Em ambas as experiências temos deixado de olhar para o que é realmente importante. Temos deixado de lado os atributos que deveriam compor um homem de verdade. Nas igrejas, escolas, empregos, famílias etc, temos visto meninos ocupando funções de homens. Digo meninos por terem atitudes de meninos e não de homens, como não se importarem, não estarem sensíveis às necessidades a sua volta, por serem preguiçosos e acomodados. Por isso, convido você a olharmos para a vida de Jesus Cristo, o Deus-homem, que nos deixou um exemplo de masculinidade que deve ser perseguido por nós (1Jo 2.6)!
Irei expor quatro áreas da vida de Cristo que, na minha concepção, demonstram virtudes que deveriam compor o caráter de um homem, então leia e seja desafiado!
AMOROSO
Cristo foi alguém plenamente amoroso. João 3.16 deixa claro que Deus amou o mundo, e Cristo faz parte desse amor, pois ele vem para demonstrar o maior ato de amor na cruz. Mas o que podemos ver também, é que Cristo não demonstrou esse amor só na cruz, ele se relacionou com pessoas de um modo amoroso. Talvez a mulher samaritana seja a que melhor represente isso (Jo 4.19-30). Ele não levou em conta sua cidadania, nem sua vida pecaminosa ou o olhar que a sociedade tinha sobre ela. Ele se assenta ali, no poço, e simplesmente demonstra amor pela forma com que se interessa pelos problemas que ela tem, oferecendo a cura para eles. Cristo se mostra atencioso e cuidadoso com aquela mulher, algo que tem se tornado cada vez mais raro. Normalmente queremos ser amados, mas Cristo nos convida a amar aos outros. E esse amor dele fica mais claro ainda em Mateus 22.39, quando o mesmo coloca como primeiro mandamento o amor para com Deus (Mt 22.37-38) e, logo em seguida, atenta para o segundo: “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mt 22.39). A partir disso, ele manda que tiremos por medida o nosso amor para com os outros, a partir daquilo que queremos para nós mesmos! Mas pela sequência que é colocada no texto, fica claro que nós só amaremos as outras pessoas e nos importaremos com elas se, em primeiro lugar, procurarmos amar a Deus “de todo nosso CORAÇÃO, de toda a nossa ALMA e de todo o nosso ENTENDIMENTO”.
SERVO 
Vivemos em um século no qual só nos dispomos a realizar tarefas se tivermos algo em troca. Precisamos entender que servir a Deus é uma resposta de gratidão diante da maior recompensa que poderíamos receber, a vida eterna. Em João 13, vemos Jesus dando um grande exemplo de serviço. Enquanto os discípulos discutiam sobre quem seria o “maior” no reino dos céus (Lc 22.24-30), Jesus pega uma bacia, envolve-se com uma toalha e se dispõe a fazer uma função que na época era realizada pelos servos. No final, para quebrar o orgulho dos discípulos e conduzi-los a um serviço abnegado, ele diz: “Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem". (Jo 13.16-17). Ele coloca o servir, como condição de felicidade. Talvez isso pareça estranho, mas essa felicidade corresponde a uma evidência do amor pelo Pai, pois a alegria sempre está ligada à nossa obediência a ele. Como homens, temos prazer em sermos servidos, mas Cristo pede que deixemos isso de lado e sirvamos aos outros. Que saímos da nossa comodidade e façamos a diferença na vida das pessoas, tendo um ato inesperado. E aqui eu me recordo de uma frase do Sr. Davi Cox (Fundador do Seminário Bíblico Palavra da Vida, no Brasil), que diz assim: “Quem não serve, não serve!”.
LÍDER
Cristo foi o maior líder que o mundo poderia ter conhecido. Sua liderança fica clara por meio das pessoas que foram alcançadas, do número de seguidores que ainda hoje o acompanham, e da maneira profunda com que os seus “ensinos” permearam e, ainda hoje, permeiam a vida de milhares de pessoas. É interessante que o homem, assim como a mulher, foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.27), mas Deus define Adão como “líder” ao mandá-lo cuidar do jardim, dirigindo-se diretamente a ele (Gn 2.15-17). Podemos ver isso mais claramente em Romanos, quando o livro apresenta Adão como representante da humanidade (Rm 5.12, 18). Assim como Adão, após o pecado todos os homens se tornaram corrompidos. Dentre várias coisas que se perderam, a liderança foi uma delas. Há vários textos na bíblia que deixam claro a liderança masculina (1Pe 5.1-4; Tt 1.6-9; 1Tm 3.2-7; 1Tm 5.17). Mas por culpa da falta de amor por Deus, também da preguiça em amar e servir aos outros, estamos deixando de lado a liderança. Há muitos filhos crescendo sem um referencial de pai. Jovens caminhando sem um referencial de homens/líderes. A igreja tem perdido o seu referencial masculino e ao invés de homens, temos meninos sendo formados. Pessoas, em grande parte com idade avançada, mas que seguem uma ideologia frágil como a de uma criança. São guiados por desejos próprios, e não segundo um direcionamento bíblico. Nós devemos olhar para a forma como Cristo conduziu, investiu e instigou pessoas, para que sejamos líderes conforme a própria bíblia pede. Saíamos da nossa zona de conforto e entremos na zona de mudança, para que sejamos líderes que caminham com o foco na cruz, humilhando-se e inspirando pessoas a fazerem o mesmo.
ÍNTEGRO
Integridade é algo que Cristo prezou em toda a sua vida aqui na terra. Ele se manteve puro e santo. Talvez pensemos nisso como algo muito longe de nós, mas o próprio Paulo, em 1 Timóteo 3.1-13 e Tito 1.6, traz um termo que como homens (líderes) devemos buscar. Ele nos convida a sermos irrepreensíveis. Muitos acham que aqui, Paulo está se referindo a pessoas que não pecam, mas como o Pr. Davi Merkh bem coloca em seu livro “Homem Nota 10”, vemos que “... ‘irrepreensível’ não significa perfeito. O foco está no tipo de caráter de um homem íntegro que, se erra, admite o erro; se peca, confessa o pecado; se deve algo, acerta as contas; e, se ofende, restaura relacionamento (cf Pv 28.13).”[1]
Como homens, outra característica nossa é sermos orgulhosos e teimosos. Queremos tudo do nosso jeito e segundo as nossas vontades. Mas Cristo nos convida a deixarmos o velho homem, ou seja, nossas vontades e prazeres próprios, e a nos revestirmos do novo homem, o qual representa aquele que busca a vontade de Deus (Ef 4.22-24). Para que esse processo fique cada vez mais evidente, Paulo diz que precisamos renovar o espírito do nosso entendimento (Ef 4.23), sendo assim, precisamos buscar a Deus por meio de sua Palavra, tendo uma vida de oração que nos deixe cada vez mais sensíveis à vontade dele. Isso nos tornará irrepreensíveis, pois nos fará cada vez mais sensíveis às críticas, e abertos à transformação progressiva da santidade. Nós precisamos entender que o viver é Cristo (Fp 1.21), porque se assim for, abriremos mão do nosso “eu” pecador e buscaremos ser, cada vez mais, parecidos com o exemplo de Cristo.
CONCLUSÃO
Temos que pensar se estamos dispostos a seguir tendências do mundo, ou aos propósitos eternos de Deus. Davi, o qual é lembrado como o homem segundo o coração de Deus (At 13.22), não foi um homem perfeito. Ele cometeu grandes pecados. Mas, o que dá a ele a honra de ser reconhecido de tal forma, era a busca pela vontade de Deus. Após pecar com Bate-Seba, ele reconhece seu pecado diante de Deus e se arrepende (Sl 51). Nós temos que reconhecer que temos pecado, que não temos sido homens de verdade.
Cristo nos mostra que através do amor, estaremos cada vez mais atentos às necessidades das pessoas ao nosso redor, dispondo-se a servi-las de um modo a deixar claro, por meio de nossas ações, que é Deus quem está nos guiando, assim seremos homens íntegros. Alguém pecador, mas que caminha em santidade, sendo ensinado a cada dia (Tt 2.12) a ser um HOMEM, segundo o exemplo de Cristo. Ser homem não é impor medo para que as pessoas nos respeitem, mas é amar tanto a Deus que elas nos seguirão, pois sabem que nós temos capacidade para guiá-las na mesma direção para onde estamos caminhando!
Que sejamos homens bíblicos, comprometidos com o Evangelho, com o serviço e com a liderança da igreja de Cristo e não meninos, guiados por sentimentos vazios que não apontam para Cristo, mas para nós mesmos!

http://www.jovemcrente.net/

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O QUE É A IGREJA?

A igreja é a comunidade dos crentes em Cristo (Ef 1.1), comprada, fundada, protegida, edificada e dirigida por ele (Mt 16.18; At 20.28), que se reúne para cultuar o Deus Trino (At 13.1-2), sustentar com firmeza a verdade revelada (1Tm 3.15), observar as ordenanças do Senhor (batismo e ceia), nutrir uma amorosa, edificante e pura comunhão entre os irmãos (At 2.42-47) e proclamar a salvação ao mundo (1Pe 2.9), tudo com o propósito final de promover a glória de Deus (Ef 3.21).
A igreja também pode ser definida como o grupo de eleitos reunidos e organizados numa determinada localidade (1Pe 1.1) que, tendo a Sagrada Escritura como autoridade máxima (2Tm 3.16) e sob a influência do Espírito Santo, promove a expansão geográfica, numérica e cultural do Reino de Deus neste mundo (At 9.31).  
Algumas Ressalvas:                
1. A igreja não é um edifício religioso. 
Numa forma popular e corriqueira de entender a palavra “igreja”, ela se refere a um prédio com características arquitetônicas e decorações religiosas. Esse, contudo, não é o sentido da palavra “igreja” no Novo Testamento. Ali seu significado é simplesmente assembléia de crentes, sem qualquer indicação do local físico em que essa assembléia se reúne. 
2. A igreja bíblica não tem um templo considerado como lugar sagrado. 
No Antigo Testamento havia o templo judaico onde os adoradores realizavam seus atos cultuais (Sl 5.7). No Novo Testamento, porém, não há nenhuma construção que possa ser considerada como um lugar sagrado de adoração. Os templos no NT são a comunidade dos salvos (1Co 3.16-17; 2Co 6.16; Ef 2.22; 1Pe 2.5) e os corpos dos crentes, onde o Espírito Santo habita (1Co 6.19). Jesus mesmo ensinou durante o seu ministério terreno que a época de adorar a Deus num lugar sagrado havia chegado ao fim (Jo 4.21-24). Por isso, os crentes da igreja primitiva não se preocupavam com a construção de santuários e, geralmente, se reuniam nos lares (At 20.20; Rm 16.5; Cl 4.15). 
3. Nem todas as comunidades evangélicas são igrejas no sentido bíblico. 
O nome “igreja” é usado por muitos grupos que nada tem que ver com essa instituição edificada pelo Senhor Jesus Cristo. Para que seja igreja de fato, uma comunidade tem que, basicamente, ser composta por crentes genuínos, o que não se verifica em grande parte dos grupos que se apresentam como evangélicos (Veja acima as definições de igreja). Estes, na maior parte das vezes, são formados por pessoas interessadas em milagres, curas e bênçãos materiais, sem jamais se preocupar com o perdão dos pecados e a vida de santidade em oposição ao mundo. O próprio Senhor Jesus disse que no dia do juízo rejeitará pessoas assim (Mt 7.21-23).
4. Nenhuma igreja pode se apresentar como a única verdadeira. 
A igreja de Cristo está espalhada pelo mundo em inúmeros núcleos locais dos mais diversos tamanhos, com características peculiares a cada um e pertencentes a diferentes denominações. Na medida em que essas comunidades anunciam a salvação unicamente em Cristo, ou seja, o evangelho bíblico, todas elas são verdadeiras. Quando, porém, uma comunidade específica se apresenta como a única válida, está com isso desprezando a obra salvadora de Deus através de outras igrejas em milhões de corações ao redor do mundo. Pior ainda: uma igreja assim cairá no erro de se ver como um caminho adicional para o céu, além do único caminho que é Jesus Cristo (Jo 14.6). Isso fará dela uma seita, pois, na maior parte das vezes as seitas heréticas se apresentam como as únicas detentoras das chaves do céu, sendo impossível, segundo elas, alguém ser salvo se não fizer parte de seu movimento.
5. Nenhuma igreja pode se apresentar como a melhor entre todas as demais. 
As igrejas locais apresentam diferenças entre si na sua forma de funcionamento, detalhes relativos à adoração, ênfases variadas e outras questões. No entanto, nenhuma pode apresentar-se como a melhor entre todas as outras, pois essa atitude mostra desprezo pelo que Deus tem feito nas inúmeras igrejas locais existentes e revela um orgulho cego, incapaz de enxergar as próprias imperfeições e defeitos (Ap 3.17). Ademais, o crente que estiver convencido de que pertence à melhor igreja que há, dificilmente conseguirá se adaptar a outra, caso tenha que se mudar. Sua atitude será de comparação e de depreciação em face da nova igreja e isso poderá conduzi-lo ao abandono da comunhão dos santos, o que a Bíblia reprova (Hb 10.25; 1Jo 1.7). Por isso, todo cristão deve reconhecer o valor intrínseco da igreja espalhada pelo mundo, jamais considerando aquela de que é membro como superior às demais e rejeitando essa atitude como pecaminosa.

IBR – Marcos Mendes Granconato

domingo, 18 de setembro de 2016

ORAR, PENSAR E VOTAR!

Estamos no contexto das próximas eleições municipais em todo nosso querido pais. Como sempre acontece, perguntamos para nos mesmos e mesmo procuramos ouvir outros com nossa indagação, EM QUEM VOTAREI?
À luz do nosso momento politico e econômico, gostaria de sugerir três atitudes para cada um de nós vivenciarmos visando votar com sabedoria. Creio que estes princípios podem nos dirigir em qualquer período de campanha politica.
Primeiro, ORAREm quem votarei e porque votarei? Mas, precisamos olhar para oração como um instrumento de Deus. Mais do que eu mesmo, Deus quer nos dar a melhor convicção sobre em quem votar. Ao orar sobre este assunto, temos que ter em mente que é a vontade de Deus nos dar governantes que promovam a paz, a dignidade, a justiça e o crescimento da cidade (1 Timóteo 2.1-4). Se Deus quer nos dar um líder assim e este líder é escolhido nas urnas, é nosso desafio perguntar a Deus, “em quem devo votar, Senhor?
Segundo, PESQUISAR – É muito crucial votar com conhecimento. Claro que temos preferências pessoais e simpatias por um candidato mais do que por outros. Mas, estas não são razoes para escolhermos em quem votar. Nosso dever de casa é pensar no que vejo na propaganda eleitoral gratuita e fazer algumas perguntas sobre em quem vamos votar. Provérbios 29.2,4,12 nos forçam fazer algumas perguntas ao nosso candidato, perguntas tais como ...
• O que ele (a) pensa sobre a vida e sobre aborto? 
• O que ele(a) pensas sobre integridade e corrupção?
• Qual o pensamento do candidato sobre liberdade de imprensa?
• Qual o pensamento do candidato sobre religião e liberdade religiosa?
• Qual o projeto do candidato na área de justiça social?
• Como ele pensa agir em relação à violência e aos menos favorecidos?
• Como ele tem agido em relação à minorias dos diversos tipos?
• Qual a história dele (a) na politica?
Ao procurarmos pensar e pesquisar como nossos candidatos responderiam a perguntas como estas podemos ser livres do conceito de votarmos no menos ruim ou que não temos escolhas. O que vai determinar nossas escolhas deveria ser a proximidade do nosso candidato com os valores bíblicos (Miquéias 6.8) e não nossa qualquer aversão partidária e preconceito seja ele qual for. Não encontraremos candidatos perfeitos, mas encontraremos candidatos mais próximos dos valores que Deus quer ver como parâmetros para uma sociedade sadia.
Assim, tendo permeado nosso pensamento com oração e pesquisa, vem o ultimo passo.
Terceiro, VOTAR - Exercer nosso direito constitucional de votar é ser parceiro de Deus no processo que Deus vai usar ao estabelecer nossos governantes. Não quer dizer que meu candidato venha a ser o vencedor. O mais importante não é votar no candidato vencedor. O mais importante é exerce nosso direito de votar também como fruto da nossa relação com Deus.
Junto com você orando, pesquisando e decidido votar em que Deus nos dirigir.

Lisânias Moura

terça-feira, 5 de julho de 2016

RAIZ DA CORRUPÇÃO

Markus Steiger

Nos dias atuais a palavra corrupção é constantemente usada tanto nos noticiários como nas conversas. Quando pensamos e falamos de corrupção, a relacionamos rapidamente aos governantes, políticos, grandes empresários, clubes de futebol ou partidos políticos. Mas será que a corrupção somente se resume a estas pessoas? Será que nós em nossas atividades, maneiras de pensar ou atitudes também não somos de alguma forma corruptos? Nunca ficamos com troco a mais quando o vendedor se confundiu? Nunca furamos o sinal vermelho quando estávamos apressados? Nunca olhamos e baixamos filmes e músicas de forma ilegal? ...
Estamos frequentemente procurando formas de tirar vantagem das situações ao nosso redor para o nosso próprio conforto, ou seja, estamos praticando a corrupção.
Pode-se definir o significado da palavra corrupção em 3 pontos: 
1. Ato ou efeito de corromper ou corromper-se;
2. Decomposição física de alguma coisa; putrefação;
3. Modificação das características originais de algo.
Foi justamente este terceiro aspecto que aconteceu com o ser humano. Após a criação do homem por Deus, segundo a Sua imagem e semelhança, aconteceu a queda do homem ao desobedecer a Deus no Jardim do Éden. Desde então, todo ser humano nasce em pecado, ou seja, as características originais do homem foram modificadas. Em outras palavras: o homem corrompeu-se.
A pergunta que nos vem é: “Qual é a raiz dessa corrupção?”
A Bíblia nos dá a resposta. Em Mateus 15.19-20a, ela afirma: “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem”.
E em Jeremias 17.9 está escrito: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?”
Então, se todos nós estamos contaminados pelo pecado, somos todos corruptos perante Deus. Mas existe alguma saída para este problema? Há esperança para o ser humano? A raiz da corrupção pode ser cortada?
Sim, Deus mesmo providenciou a saída dando Seu próprio e único Filho, Jesus Cristo, para morrer pela nossa culpa na cruz. Lá nessa cruz Jesus levou sobre Si todos os nossos pecados e assim podemos obter perdão e uma nova vida. Se reconhecemos que do nosso coração não procedem coisas boas e aceitamos a salvação oferecida por Deus – através de Jesus – nosso coração será transformado. Ele perdoará nossos atos de corrupção e nos dará uma nova vida!
Aceite hoje mesmo esta oferta de salvação que Deus faz a você!

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quarta-feira, 22 de junho de 2016

AS FESTAS JUNINAS E A LIBERDADE CRISTÃ

Pr. Misael Nascimento

Um cristão protestante pode participar de festas juninas? Três respostas têm sido dadas a esta pergunta. Primeiro, há os que dizem “sim”, uma vez que entendem as festas juninas como celebrações cristãs. Afirma-se, nesse caso, que estamos diante de festejos ligados a personagens bíblicos tais como João Batista, Pedro e Paulo e isso, por si só, legitima tais festas como integrantes do calendário cristão. Essa é a posição defendida pela Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR).
Outros respondem com um absoluto “não”. Entendem que o modo como o Catolicismo Romano ensina sobre os santos não é bíblico. A Bíblia não prescreve nenhuma festa ligada aos profetas ou apóstolos, muito menos a nenhum ser humano canonizado pela igreja. Não há espaço para a crença em santos mediadores. Segundo as Escrituras “há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5). Essa é a posição defendida pela maioria dos evangélicos tradicionais.
Uma terceira resposta inicia com um “não”, afirmando que os cristãos evangélicos devem afastar-se das comemorações romanistas das festas juninas e, ao mesmo tempo, finaliza com um “sim”, abrindo espaço para a realização de arraiais gospel – festas caipiras evangélicas. Essa posição tem sido defendida por alguns evangélicos.
Aqui é recomendável lembrar as palavras do apóstolo Paulo:
Portanto, meus amados, fugi da idolatria. Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo. Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo. Considerai o Israel segundo a carne; não é certo que aqueles que se alimentam dos sacrifícios são participantes do altar? Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou provocaremos zelos no Senhor? Somos, acaso, mais fortes do que ele? (1Co 10.14-22).
Um dos fatos a destacar é que, no texto em questão, Paulo trata da participação dos cristãos em refeições realizadas no contexto de rituais pagãos (Bíblia de Estudo de Genebra, 1. ed., 1999, nota 10.14, p. 1357). Sua convicção é que o cristão não deve participar de coisas ligadas à idolatria; tal ligação, em última instância, corresponde a uma “associação” com os demônios. Para o apóstolo, o problema era que os crentes, ao comer alimentos oferecidos aos ídolos, depreciavam sua comunhão com Deus na Santa Ceia, ou seja, agiam de modo inconsistente com a aliança, e, deste modo, provocavam o “zelo” do Senhor (1Co 10.18-22).
Isso pode ser transposto à questão das festas juninas por meio de um argumento de quatro pontos, qual seja:
A veneração aos santos da ICAR, por ferir não apenas a recomendação de 1Timóteo 2.5, mas também Êxodo 20.3-6, é idolatria.
As festas juninas, ligadas à veneração dos santos romanistas, são idólatras.
O cristão, de acordo com 2Coríntios 10.14, deve fugir da idolatria.
Portanto, o cristão deve fugir das festas juninas.
Anteriormente eu entendia que não havia problema em uma criança participar dos festejos juninos de sua escola. Hoje penso que o melhor é os pais explicarem a essa criança as razões pelas quais ela não participará da festa junina. É mais instrutivo, bíblico e edificante.
Mas, o que dizer da “alma caipira” que reside em nós, que nos motiva a acender fogueira, assar mandioca e batata-doce e comer bolo de fubá? Qual o problema, por exemplo, de realizar uma noite caipira ao som de modas de viola e, quem sabe, até brincar inocentemente de quadrilha evangélica? Ou criar uma “Festa dos Estados”, com barracas de comidas típicas ou algo semelhante, quem sabe até como estratégia para atrair visitantes?
Inicialmente, declaro meu respeito aos colegas pastores e irmãos em Cristo que não enxergam problemas na realização desse tipo de atividade. Eu mesmo já acreditei que isso podia ser feito sem prejuízos para o testemunho cristão e fiz isso de muito boa fé, com a alma sincera diante de Deus. No entanto, mudei de posição. Hoje, creio que a produção de versões evangélicas de festas juninas não é recomendável por algumas razões. Primeiro, porque estamos saturados de versões gospel de tudo: Temos uma quase inesgotável lista de práticas e “produtos” gospel. É preciso compreender que não fomos chamados a imitar o mundo e sim a transformá-lo (1Jo 2.15-17).
Em segundo lugar, há outro problema denominado associação. É possível que, ao participar de uma festa junina gospel, sejam feitas associações com o evento original, de origem e significado idolátricos – queiramos ou não, festas juninas estão ligadas às crenças da ICAR. Cristãos sensíveis podem sentir um desconforto inexplicável diante disso. Visitantes interessados na fé protestante exigirão explicações mais detalhadas sobre as razões da realização de tal noite caipira “calvinista”.
Sendo assim, parece-me mais adequado considerar as festas juninas evangélicas entre aquelas coisas que o apóstolo Paulo chama de lícitas, mas inconvenientes e não-edificantes (1Co 10.23). Nessas questão, pensemos primeiramente nos interesses do corpo de Cristo, e não nos nossos (1Co 10.24). Não sou contra comer bolo de milho, ou canjica, ou pé-de-moleque. Gosto de batata-doce assada na brasa e me delicio com um bom curau e uma música caipira de raiz. Desfrutemos dessas coisas, porém, na privacidade de nossos lares ou fora do contexto de festas caipiras nos meses de junho e julho. Não porque tais iguarias sejam pecaminosas em si, mas para evitar associações indesejáveis.
Somos livres para participar de festas juninas? Não. Ao participarmos de tais festas, nos ligamos em idolatria. Devemos realizar eventos caipiras gospel? Devemos participar de tais atividades? Também não. Nesse segundo caso, não porque haja idolatria envolvida, mas porque há o perigo de associações indesejáveis. O ideal é que fortaleçamos nossa identidade cristã, bíblica e evangélica, desvinculando-nos de qualquer aparência do mal (1Ts 5.22).
Fonte: Misael Nascimento Via: Creio e Confesso

segunda-feira, 6 de junho de 2016

EDUCAÇÃO DE FILHOS

Pr. Edison Queiroz

"6 Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. 7 Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. 8 Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. 9 Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões." (Deuteronômio 6.6-9)
Os pais são instrumentos de Deus para preservar princípios, valores morais e éticos, principalmente os valores espirituais que mantêm o Reino aqui na terra. Por isso eles têm a grande responsabilidade de educar os seus filhos. Essa educação deve abranger diversas áreas, das quais separei apenas três:
1. EDUCAÇÃO BÍBLICA.
A Palavra de Deus é a verdade, e nossos filhos devem ser orientados de acordo com os seus princípios. O texto citado diz que Deus nos ordenou essas palavras e que devemos ensiná-las com persistência aos nossos filhos. São os valores de Deus, que mantêm a sociedade em harmonia. Porém, vivemos dias em que esses valores têm sido atacados por movimentos que querem controlar a sociedade com suas ideologias que, na maioria das vezes, são contrárias aos ensinos da Palavra. Por isso é que Deus manda aproveitar o tempo, e falar da Palavra aos filhos, sentado em casa, andando pelo caminho, e principalmente, colocá-la como base da nossa vida. Devemos ensinar aos nossos filhos os valores da Palavra para formar cidadãos que farão a diferença na sociedade.
Muitos pais entregam essa responsabilidade ao pastor, à igreja e à escola bíblica. Claro que a igreja tem uma parcela importante na educação cristã dos filhos, mas a responsabilidade e a parcela mais funcional pertencem aos pais vivendo e ensinando a Palavra de Deus aos seus filhos.
2. EDUCAÇÃO SOCIAL.
Devemos preparar nossos filhos para viver em sociedade, ensinando princípios básicos de respeito às autoridades, de honestidade, caráter, integridade, verdade, amor etc. Em uma comunidade egoísta, onde os valores estão distorcidos, precisamos desenvolver uma geração que faça diferença e que comece a transformar a sociedade. Nossos filhos terão um papel fundamental no processo de mudar a futura geração.
3. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL.
Como pais, temos a responsabilidade de educar profissionalmente os nossos filhos. Algumas pessoas não dão importância à formação profissional de seus filhos e os deixam sem escolaridade. As crianças precisam frequentar as escolas, serem acompanhadas e influenciadas positivamente pelos pais. Um exemplo bem interessante é o do pai da ex-Secretária de Estado dos Estados Unidos da América, Condoleezza Rice, no governo do presidente George W. Bush. Seu pai desde a sua infância sempre a influenciava, dizendo que um dia ela seria uma grande líder na sociedade norte-americana. Isso numa época em que havia um negativismo entre os norte-americanos de descendência afro-americana, achando que nunca poderiam alcançar posições de destaque. Mas esse pai, sempre acreditou que era possível, trabalhou, educou e influenciou sua filha e ela chegou a uma posição elevada.
Podemos e devemos fazer de nossos filhos pessoas que transformarão a nossa sociedade. Ainda resta uma esperança para a nossa nação, e podemos ter uma grande influência nessa mudança.


sexta-feira, 15 de abril de 2016

A DISCIPLINA DE FILHOS

"Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor." (Efésios 6.4)

Vivemos uma época em que alguns defendem a ideia de que não deve haver disciplina dos filhos, e dizem que as crianças não podem ser contrariadas, portanto, elas não podem ouvir a palavra “não”. Como resultado, temos visto uma geração cheia de rebeldia, mas com suas exceções.
A Palavra de Deus é muito clara quando diz que os filhos devem ser criados com disciplina, ela nos orienta, dando passos para a educação dos nossos filhos.

1. PAIS NÃO IRRITEM SEUS FILHOS.
Primeiro, diz que não devemos irritá-los. Outra tradução diz: “não os provoquem à ira”. Há pais irresponsáveis que irritam os seus filhos e alguns sentem prazer em vê-los com raiva. Por outro lado, alguns pais pensam que conseguirão a atenção e resposta de seus filhos por meio de gritos e ameaças, o que somente irrita a criança. Os pais devem amar profundamente os seus filhos e cuidarem do bem-estar deles, criando no lar uma atmosfera de amor, segurança e confiança.

2. CRIAR OS FILHOS NA INSTRUÇÃO DO SENHOR.
A Palavra no original grego para instrução é “Paideia”, que traz a ideia de tutorar, treinar, educar e disciplinar corretivamente. Assim como no esporte há um treinador, os pais devem ter a mesma função. O treinador ensina, orienta, faz estratégias e procura levar o time a ser vencedor. Os pais devem ser os mentores dos seus filhos. Para isso devemos investir tempo de qualidade com os nossos filhos, mas note que na instrução do Senhor, ou seja, ensinar nossos filhos de acordo com a Palavra de Deus.
A Bíblia ensina princípios em diversas áreas que aplicados à vida, farão de nossos filhos pessoas bem-sucedidas. Portanto, ensine a Palavra aos seus filhos, por meio de livros, brinquedos educativos, dando um tempo especial para eles e, principalmente, pelo seu testemunho de vida. Ensinem o que é certo e errado, de acordo com a verdade da Palavra de Deus.

3. CRIAR OS FILHOS NO CONSELHO DO SENHOR.
O texto citado na tradução antiga utiliza a palavra “admoestação”, e na língua original é a palavra “nouthesia”, que significa chamar a atenção ou repreender.
Esse conceito está ligado ao anterior, no sentido de levar o filho a executar a instrução dada e corrigi-lo quando não o fizer. A educação dos filhos tem implicitamente a função disciplinadora. As crianças aprendem, mas querem testar a autoridade de seus pais e, muitas vezes, desobedecem. Aqui entra a disciplina. Precisamos corrigir nossos filhos em amor, mas com firmeza. Assim, estaremos forjando caráter neles.
A Bíblia ensina o uso da vara da correção na disciplina dos filhos:
"O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina." (Provérbios 13.24, RA).
"A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela." (Provérbios 22.15, RA)
"Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá." (Provérbios 23.13, RA)
"A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe." (Provérbios 29.15, RA)
Aparentemente, o uso de uma varinha é cruel, mas ela é um elemento neutro. Porém, quando analisamos a forma como os pais disciplinam os seus filhos encontramos mais crueldade do que no uso da varinha. Por exemplo, alguns dão tapas nas crianças, esquecendo que a mão é para fazer carinho e produzir segurança e confiança. Pior ainda são os que utilizam chinelo, cinta etc.
Pessoalmente, sempre disciplinei os meus filhos com a vara, e na nossa casa era conhecida como a “varinha do amor”. Claro que era uma varinha bem fininha, e era mais útil só com sua presença do que com o seu uso. Os meus filhos sabiam que sempre havia uma varinha disponível em algum lugar da casa e uma no carro também. Por outro lado, os pais devem saber como utilizar a varinha. Alguns passos na disciplina dos filhos:
Deixe claro o ensino, dizendo às crianças o que pode e o que não pode fazer.
Conscientize-as que a desobediência trará a correção.
Quando elas desobedecerem, tenha o cuidado de fazê-las entender o erro para que saibam por que estão sendo disciplinadas.
Nunca corrija a criança diante de outras pessoas.
Deus fez uma região em nosso corpo, mais recheada de carne, especial para receber a correção.
Aplique uma ou duas varadinhas bem leves nessa região.
Em seguida, abrace o seu filho e lhe diga que você o fez porque o ama e é para o bem dele.
O Congresso Nacional Brasileiro entrou com um projeto de lei, conhecido como a Lei da Palmada, onde os pais ficam proibidos de executar qualquer tipo de disciplina ou castigo nos filhos. Assistindo a um jornal na televisão, o âncora disse que não concordava e que sempre aplicou palmadas nos seus filhos, e nunca viu nenhum trauma emocional neles.
Eu sou contra a palmada, porque a mão não deve ser usada para esse fim. Mas sou a favor da varinha, aplicada de forma correta, com amor, sabedoria e discernimento.
Infelizmente, a sociedade moderna ensina que os pais não podem falar “não” aos seus filhos, que não precisa haver disciplina, que devem deixá-los fazer o querem, e estamos criando uma geração rebelde, irresponsável e indisciplinada.
Os filhos precisam entender os princípios de autoridade. Se respeitarem a autoridade de seus pais, aprenderão a respeitar as autoridades superiores e naturalmente, respeitarão a Deus.

ORE POR VOCÊ:
  1. Para que Deus o capacite a disciplinar os seus filhos em amor.
  2. Para que os seus filhos recebam a correção e a disciplina com submissão.
  3. Para que, por intermédio de você, os seus filhos aprendam sobre a honra.


Extraído de: 40 Dias de Jejum e Oração - pg. 90-92

quinta-feira, 24 de março de 2016

O QUE DEUS NOS ENSINA ATRAVÉS DA PÁSCOA?

O SENHOR é o nosso Criador e por isso tem direitos sobre nossa vida“Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.” (Apocalipse 4:11) “... o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” (Deuteronômio 6:4-5)  “Confia no Senhor e faze o bem [...] Deleita-te também no Senhor”. (Salmo 37:3-4)  “Sede santos, porque eu sou santo.” (1Pedro 1:16)  “... o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; [...] que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente”. (Êxodo 34:6-7)  “Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.”  (Hebreus 4:13) “Eis que todas as almas são minhas; [...] a alma que pecar, essa morrerá.” (Ezequiel 18:4)

O SENHOR conhece a terrível condição de cada um de nós“E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.” (Gênesis 6:5)  “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Isaías 59:2)  “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mateus 15:8)  “Não há um justo, nem um sequer [...] Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. Nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (Romanos 3:10, 12, 20)

Em Sua justiça e misericórdia, o SENHOR determinou“... sem derramamento de sangue não há remissão (de pecados).”(Hebreus 9:22) “Então falou Isaque a Abraão seu pai: [...] onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto”. (Gênesis 22:7-8).  “O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula [...] e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. [...] esta é a páscoa do Senhor. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós”. (Êxodo 12:5-7, 11, 13)  “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.” (Isaías 53: 6-7)

No tempo certo, em cumprimento às promessas do SENHOR“o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1:14)  “Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.” (Mateus 16:21)  “... dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la.” (João 10:17-18)  “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” (Marcos 10:45)  “E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados.” (João 8:23-24)  “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá.”  (João 11:25-26)  “E aconteceu que, quando Jesus concluiu todos estes discursos, disse aos seus discípulos: Bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.” (Mateus 26:1-2)  “... assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:14-15)

O Senhor Jesus Cristo é o Cordeiro Pascal, sacrificado em favor de pecadores:  “João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (João 1:29) “E levaram-no ao lugar do Gólgota, que se traduz por lugar da Caveira. E era a hora terceira, e o crucificaram. E por cima dele estava escrita a sua acusação: o rei dos judeus.”(Marcos 15:22, 25-26)  “... Jesus [...] disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (João 19:30)  “E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.” (Marcos 15:39)  “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”(2Coríntios 5:21)  “E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, chegou José de Arimatéia [...] e pediu o corpo de Jesus. E Pilatos se maravilhou de que já estivesse morto. E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José; o qual [...] o depositou num sepulcro lavrado numa rocha”. (Marcos 15:42-46)

O Senhor Jesus Cristo venceu o pecado e a morte, ressuscitando dos mortos“E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena [...] E depois manifestou-se de outra forma a dois deles [...] Finalmente apareceu aos onze”.  (Marcos 16:9, 12, 14).  “Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Apocalipse 1:17-18)  “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.” (João 5:21-23)  “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hebreus 9:27-28)

A Páscoa do SENHOR é a provisão graciosa para o resgate de pecadores rebeldes e indignos por meio do único, perfeito e suficiente sacrifício substitutivo do Cordeiro de Deus.  Que estas preciosas verdades, manifestadas no Evangelho do Senhor Jesus Cristo estejam firmemente alicerçadas em nossas vidas!  “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” (1Coríntios 15:3-4)

Fonte: BBNBI.ORG